segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Força de Pacificação no Complexo do Alemão completa 1 ano

Para o comandante do CML e o secretário estadual de Segurança, o balanço nesse período é positivo. 'A situação atual está melhor, mas ainda temos muito o que fazer', diz Beltrame

Anderson Dezan, iG Rio de Janeiro |
Márcia Foletto / Agência O Globo
O general Adriano Pereira Junior (à esq.) e o secretário estadual de Segurança, José Mariano Beltrame (à dir.)
“Tenho muito orgulho em saber que pela ação dos nossos soldados a população daqui teve um ano de vida muito melhor. Um ano de vida que ela não esperava ter tão cedo”. Foi dessa forma otimista que o comandante do Comando Militar do Leste (CML), general Adriano Pereira Junior, classificou nesta segunda-feira (28) a atuação do Exército na Força de Pacificação nos complexos de favelas do Alemão e da Penha, na zona norte do Rio. A emblemática ocupação completa 1 ano hoje.
Leia também: Assinado termo que prorroga permanência do Exército no Alemão
Em novembro do ano passado, as tropas invadiram os complexos de favelas após uma série de ataques ocorridos na capital fluminense. Carros foram incendiados, tiros foram disparados contra viaturas e estabelecimentos comerciais tiveram que ser fechados. As ordens partiram do interior dos complexos do Alemão e da Penha e seriam represálias à implantação de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) e à transferência de 18 líderes de facções criminosas – entre eles Marcinho VP e Elias Maluco – para presídios federais fora do Rio.
Um ano depois da ocupação da Força de Pacificação, os índices criminais divulgados pelo Instituto de Segurança Pública (ISP) são positivos. Dados da 22ª DP (Penha), que cobre 90% do território do conjunto de favelas, mostram que os roubos de veículos tiveram uma redução de 49,1%. Os autos de resistência (morte cometida por policial em confronto) e roubos de rua tiveram queda de 50% e 42%, respectivamente. O total de homicídios também diminuiu, embora mais timidamente: 14%.
“A operação no Alemão não pode ser comparada com outras para implantação de UPP. Aqui se fez uma ação tópica para anular aqueles comandos que saíam daqui para incendiar veículos. Montou-se uma operação de quase dois mil homens em duas horas. Se pensarmos nisso, o resultado foi altamente positivo”, avaliou o secretário estadual de Segurança, José Mariano Beltrame, antes de um almoço ocorrido nesta segunda-feira para comemorar o aniversário de 1 ano da ocupação.
Agência O Globo
Militares da Força de Pacificação do Exército nas ruas do Complexo do Alemão
Eventuais incidentes
Mesmo com os avanços, alguns problemas eventualmente ainda acontecem. Na última quinta-feira (24), um soldado ficou ferido após ter sido atingido de raspão por um disparo durante uma troca de tiros na localidade conhecida como Pedra do Sapo. Em setembro, três pessoas foram detidas e uma ficou ferida após uma confusão em um bar entre moradores e militares. Dois dias depois, tiros disparados dos morros da Baiana e do Adeus, localizados em frente ao Complexo do Alemão, assustaram moradores e deixaram morta uma jovem de 15 anos.
“Em um ano tivemos quantos incidentes considerando o tamanho da área em que estamos? A quantidade é irrelevante”, minimizou o general Adriano Pereira Junior. “Existem pessoas que são dependentes de drogas e para elas não há interesse que o nosso trabalho dê certo. Também há aqueles que são ligados financeiramente ao tráfico. E tem ainda aqueles simpatizantes com o crime. Questionam o fato de agora não ter mais festas. Esses três tipos de pessoas são as que têm proporcionado conflitos. Não tenho histórico de moradores trabalhadores, pais de família, envolvidos em problemas com a nossa tropa”, explicou.
Para o secretário estadual de Segurança, os avanços devem ser exaltados, mas o trabalho ainda está longe do fim. “Dizer que nenhum incidente irá acontecer no Alemão é impossível. Quando olhamos um ano atrás, vemos que a situação atual está muito melhor. Caminhamos muito. Mas ao olharmos para frente percebemos que ainda temos muita coisa para fazer”, avaliou Betralme.
Pablo Jacob/Agência O Globo
Balas traçantes assustaram moradores do Complexo do Alemão durante confronto ocorrido em setembro
Futuro
A ocupação das tropas do Exército nos complexos do Alemão e da Penha, no entanto, já tem um prazo para terminar. Os 1.600 soldados presentes começarão a deixar aos poucos as comunidades a partir de março do ano que vem, quando a Secretaria Estadual de Segurança começará a implantar gradativamente oito UPPs na região. Mais de 2 mil policiais estão sendo preparados pela Academia de Formação de Praças da Polícia Militar para trabalhar nas unidades.
Leia também: Operação do Exército no Complexo do Alemão já custou R$ 237 milhões
No primeiro mês, 500 policiais vão ser destacados. Outros 500 ocuparão a UPP em abril, mais 500 em maio e 700 junho, totalizando 2.200 agentes. Os militares da Força de Pacificação vão permanecer nos complexos de favelas até esse cronograma ser concluído.
“O programa já está delineado. A UPP tem um conceito e ele será aplicado aqui. Vamos ocupar duas áreas a cada mês, completando todos os complexos em junho”, informou Beltrame. “A UPP significa a derrocada de impérios impostos por armas automáticas. No Rio tem tráfico de drogas, como em qualquer lugar do mundo, mas aqui as pessoas passam a dominar o território. Isto não pode acontecer”.

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sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Hotéis de Trânsito - 4ª Região Militar - Região das Minas do Ouro

Belo Horizonte - MG

Destinação: Oficiais - Categoria "B"
Endereço: Rua Gonçalves Dias, 3240 (Barro Preto)
Belo Horizonte - MG - CEP 30140-093
Tel.: (31) 3508-9840/9841
Email: hto@4rm.eb.mil.br Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo.
Organização Militar responsável: Comando da 4ª Região Militar (Cmdo 4ª RM)
Preços

Destinação: Subtenentes e Sargentos - Categoria "B"
Endereço: Praça Poá, 36 - Bairro da Graça
Belo Horizonte - MG - CEP 31035-060
Tel.: (31) 3422-3482
Organização Militar responsável: Comando da 4ª Região Militar (Cmdo 4ª RM)
Unidades habitacionais disponíveis: 5 Aptos
Observações: Hotel de Trânsito situado na Vila Militar do Exército de Belo Horizonte.
Preços e instalações

Destinação: Misto - Categoria "C"
Endereço: Rua Ten Brito Melo, s/nº (Barro Preto)
Belo Horizonte - MG - CEP 30180-070
Tel.: (31) 337-9544, ramal 159
Organização Militar responsável: 12º Batalhão de Infantaria (12º BI)
Unidades habitacionais disponíveis: 3 Aptos
Observações: Hotel de Trânsito situado no interior do aquartelamento

Itajubá - MG

Destinação: Oficiais
Endereço: Praça Duque de Caxias, s/nº (Bairro Varginha)
Itajubá - MG - CEP 37500-000
Tel.: (35) 3622-0511, ramal 239
Organização Militar responsável: 4º Batalhão de Engenharia de Combate (4º BECmb)
Unidades habitacionais disponíveis: 12 Aptos
Observações: Prédio de uso exclusivo Hotel de Trânsito no interior do aquartelamento. Refeições no cassino de oficiais.

Juiz de Fora - MG

Destinação: Oficiais
Endereço: Rua Mariano Procópio, 970
Juiz de Fora - MG - CEP 36100-000
Tel.: (32) 3212-2249 / FAX 216-2590
Organização Militar responsável: 4ª Brigada de Infantaria Motorizada (4ª Bda Inf Mtz)
Unidades habitacionais disponíveis: 7 Aptos (cobertura)
Observações: Juiz de Fora está a 278 Km da capital mineira. São 424.479 habitantes que vivem principalmente da agricultura, indústria e pecuária. Fica no sul do Estado, a caminho do Rio de Janeiro, pela BR-040.

Destinação: Oficiais, Subtenentes e Sargentos - Categoria "C"
Endereço: Rua General Gomes Carneiro, S/N - Bairro Fábrica
Juiz de Fora - MG - CEP 25633-288
Tel.: (32) 3215-8489 / (32) 3215-8040 Ramal 241 / FAX.: (32) 3216-5131
Organização Militar responsável: 10º Batalhão de Infantaria (10º BI)
Unidades habitacionais disponíveis: 6 Suítes

Ver fotos: 1 2 3
Mais informações

Montes Claros - MG

Destinação: Oficiais - Categoria "C"
Endereço: BR 135 - Km 301 - Sto Antonio II - CP 198
Montes Claros - MG - CEP 39402-296
Tel: (38) 3213-1200 / FAX 3213-1404
Organização Militar responsável: 55º Batalhão de Infantaria (55º BI)
Unidades habitacionais disponíveis: 7 Aptos (coletivos)
Observações: Hotel de Trânsito em área do aquartelamento. Fornece almoço e jantar.

Pouso Alegre- MG

Destinação: Misto - Categoria "C"
Endereço: Av Marechal Castelo Branco, 635 - Santa Filomena
Pouso Alegre - MG Tel: (35) 3423-1633
Organização Militar responsável: 14º Grupo de Artilharia de Campanha (14º GAC)
Unidades habitacionais disponíveis: 5 Aptos
Observações: Hotel de Trânsito em área de aquartelamento, no centro da cidade.

São João Del Rei - MG

Categoria "C"
Endereço: Ladeira Ten Villas Boas, s/n (Centro)
São João Del Rei - MG - CEP 36307-900
Tel: (32) 3379-1356
Organização Militar responsável: 11º Batalhão de Infantaria de Montanha (11º BI Mth)
Unidades habitacionais disponíveis: 9 Aptos
Observações: A cidade tem 74.121 habitantes e fica a 201 km de Belo Horizonte. Tipicamente mineira, tem bons pratos; exporta culinária, cultura, política, e muita simpatia.

Sete Lagoas - MG

Destinação: Misto - Categoria "B"
Endereço: Rua Dudu Azeredo nº 52, Bairro Mangabeiras
Sete Lagoas - MG - CEP 35700-434
Tel: (31) 3771-3210 / FAX: (31) 3773-1960
Organização Militar responsável: 4º Grupo de Artilharia Antiaérea (4º GAAAE)
Unidades habitacionais disponíveis: 7
Aptos Observações: Os hospedes podem utilizar as instalações dos centros comunitários de oficiais e subtenentes e sargentos. Localizado nos circuitos das grutas. O Hotel dispõe de rede sem fio (wireless) Site do 4º GAAAe: http://www.4gaaae.eb.mil.br/

Três Corações - MG

Destinação: Subtenentes e Sargentos - Categoria "B"
Endereço: Avenida Farroupilha, 31 - Conjunto Habitacional Atalaia
Três Corações - MG - CEP 37410-000
Tel.: (31) 3231-3903
Organização Militar responsável: Escola de Sargentos das Armas (EsSA)
Unidades habitacionais disponíveis: 6 Aptos
Observações: Hotel de Trânsito situado na Vila Militar de Três Corações.

Destinação: Misto - Categoria "C"
Endereço: Avenida Sete de Setembro, 628 (Centro)
Três Corações - MG - CEP 37410-000
Tel: (35) 3239-4193 /3239-4116 /3239-4205
Organização Militar responsável: Escola de Sargentos das Armas (EsSA)
Unidades Habitacionais disponíveis: 8 Aptos
Observações: Hotel de Trânsito no interior do aquartelamento Zona urbana - Bairro central. Fornece almoço e jantar. Três Corações é o que se pode chamar de uma cidade pequena e tranqüila – com 60.930 habitantes, a 293 km da capital do Estado, cuja economia se sustenta no tripé agricultura, indústria e pecuária. É a cidade do atleta do século, o rei Pelé.

domingo, 26 de agosto de 2012


O governo ainda vai apresentar uma proposta para os militares, cujo percentual tem sido mantido em segredo, mas é diferente dos 15,8 por cento.


Servidores que rejeitarem proposta de 15,8% ficarão sem aumento--fonte

sexta-feira, 24 de agosto de 2012 19:29 BRT
BRASÍLIA, 24 de Ago (REUTERS) - O governo decidiu que não vai alterar a proposta feita aos servidores de reajuste salarial de 15,8 por cento, dividos em três parcelas até 2015, e que as categorias que não aceitarem ficarão sem o aumento, informou à Reuters uma fonte do governo nesta sexta-feira.
As negociações se encerram neste fim de semana e o governo espera assinar os acordos com as categorias até terça-feira da semana que vem.
O mesmo reajuste parcelado deve ser estendido aos servidores do Poder Judiciário. O governo ainda vai apresentar uma proposta para os militares, cujo percentual tem sido mantido em segredo, mas é diferente dos 15,8 por cento.
Segundo essa fonte, que pediu para não ter seu nome revelado, a expectativa do governo é que as manifestações dos grevistas e das carreiras que pressionam por aumentos maiores ficarão ainda mais inflamadas na semana que vem porque o governo tem até sexta-feira que vem para encaminhar ao Congresso a peça orçamentária de 2013. Apenas os reajustes que estiverem previstos no Orçamento poderão ser pagos em 2013.
Para tentar combater o acirramento da pressão dos grevistas, medidas judiciais adotadas pela Advocacia-Geral da União (AGU) e o corte de ponto dos grevistas continuarão sendo adotadas na próxima semana.
Nas negociações comandadas pelo Ministério do Planejamento, apenas os servidores da educação conseguiram propostas superiores aos 15,8 por cento, chegando a reajuste de 27 por cento dependendo da função, o que consumirá cerca de 7,1 bilhões de reais pelos próximos três anos.
Segundo a fonte, o governo vê a pressão de grevistas de carreiras de estado como os policiais federais, auditores da Receita Federal, servidores do Banco Central e do Tesouro, como um risco para o teto do funcionalismo, estabelecido em 26,7 mil reais. "Isso não dá para ceder", disse a fonte.
(Reportagem de Jeferson Ribeiro)
 

domingo, 19 de agosto de 2012

Governo define categorias que terão aumento salarial
19 Jul 2012
Simone Cavalcanti
Há um reconhecimento de que os salários mais baixos de Exército, Marinha e Aeronáutica estão bem defasados em relação aos servidores civis
Há um reconhecimento de que os salários mais baixos de Exército, Marinha e Aeronáutica estão bem defasados em relação aos servidores civis
Após oferecer plano de carreira a professores, Planalto analisa o que poderá conceder às Forças Armadas.
A presidente Dilma Rousseff definiu que vai seguir critérios de justiça e de coerência para atender às reivindicações de reajuste salarial de determinadas categorias do funcionalismo público federal. Depois de apresentar a proposta e o plano de carreira para os professores das universidades, determinou que agora é a vez de os técnicos do governo sentarem para estudar o que pode ser concedido às Forças Armadas e aos servidores de salário-base, que ganham as menores remunerações.
Há um reconhecimento de que os salários mais baixos de Exército, Marinha e Aeronáutica estão bem defasados em relação aos servidores civis. Em especial o de quem ingressa na carreira.
Segundo o Ministério da Defesa, a remuneração bruta de um recruta era de R$ 518,01 em julho de 2011, menos do que um salário mínimo (R$ 622). Na outra ponta, a renda de um almirante fica por vota de R$ 19 mil. Por isso mesmo, é bem possível que não seja autorizado um reajuste linear.
Com recursos limitados, principalmente porque não são das melhores as perspectivas para as receitas da União, o Planalto quer seguir no rumo do cumprimento da meta de superávit primário (economia de recursos públicos para pagar parte da dívida).
A questão fiscal é prioritária. E é preciso fazer escolhas. Por isso mesmo, as reivindicações de reajuste para os funcionários com rendimentos maiores, como os auditores da Receita Federal, não serão atendidas agora.
O secretário de Relações do Trabalho, Sérgio Mendonça, disse ao Brasil Econômico que, mesmo que não seja possível dar o aumento pleiteado às outras categorias, está autorizada a negociação de alguns pontos do plano de carreira, como regulamentação de gratificações, por exemplo, que têm um impacto muito menor nas contas.
Segundo ele, o volume total de recursos que o Executivo poderá abrir mão para os reajustes ainda não está definido. E montar essa equação não está sendo nada fácil.
Primeiro porque, como a conjuntura se mantém muito instável, há uma enorme dificuldade para projetar a arrecadação federal no próximo ano e, portanto, as despesas que serão possíveis de acomodar. De toda forma, o governo tem até o dia 15 de agosto para fechar completamente as propostas salariais e até o dia 31 para entregar o Projeto de Lei Orçamentária ao Congresso Nacional.
"Continuamos a negociar com as categorias, mas aguardamos ainda uma definição sobre os valores que estarão disponíveis no Orçamento para os reajustes", afirmou o secretário.
Ele ressaltou que o único montante colocado à mesa até o momento é o dos professores que contarão com R$ 1,5 bilhão reservado na proposta orçamentária de 2013.
Os outros R$ 2,4 bilhões, que complementam a oferta, serão diluídos entre 2014 e 2015. "As negociações não podem ser uma porta aberta apenas para atender os pleitos das categorias", se posicionou, lembrando que, no caso dos professores, há uma decisão firme sobre a educação vista como uma questão estratégica para o desenvolvimento do país no longo prazo.
De acordo com dados do Planejamento, caso todos os pedidos do Executivo, Legislativo e Judiciário fossem aceitos, a conta seria nada menos que R$ 92,2 bilhões ao ano - metade da folha de pagamento atual da União, que chega a R$ 187 bilhões.
O montante também é maior do que se gastava para pagar os servidores há dez anos (R$ 75 bilhões).
Diante do recrudescimento nas negociações, os sindicalistas de várias categorias fazem forte pressão para que as negociações não sejam mais conduzidas sob a batuta da ministra do Planejamento, Miriam Belchior. A avaliação é a de que ela é linha dura e resiste até mesmo às seguidas manifestações dos grevistas, como a de ontem na Esplanada dos Ministérios.
Os dirigentes sindicais sugeriram a troca de Belchior pelo ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República do Brasil, Gilberto Carvalho, mas sem sucesso.
Em nova investida, tentaram transformar em interlocutora a ministra Ideli Salvatti, da Secretaria de Relações Institucionais. No entanto, a orientação da presidente Dilma é a de que a ministra do Planejamento segue à frente das negociações.


FONTE: NOTICIÁRIO DO EXÉRCITO

PARA CONFERI, CLIQUE NO SEGUINTE LINK:

http://www.exercito.gov.br/web/imprensa/resenha;jsessionid=29EDD03378C2AC7F0DB13D916E4F5D35.lr2?p_p_id=arquivonoticias_WAR_arquivonoticiasportlet_INSTANCE_UL0d&p_p_lifecycle=0&p_p_state=maximized&p_p_mode=view&p_p_col_id=column-3&p_p_col_count=1&_arquivonoticias_WAR_arquivonoticiasportlet_INSTANCE_UL0d_journalArticleId=1903584&_arquivonoticias_WAR_arquivonoticiasportlet_INSTANCE_UL0d_ano=2012&_arquivonoticias_WAR_arquivonoticiasportlet_INSTANCE_UL0d_mes=7&_arquivonoticias_WAR_arquivonoticiasportlet_INSTANCE_UL0d_dia=19&_arquivonoticias_WAR_arquivonoticiasportlet_INSTANCE_UL0d_struts.portlet.action=%2Fview%2Farquivo!viewJournalArticle&_arquivonoticias_WAR_arquivonoticiasportlet_INSTANCE_UL0d_struts.portlet.mode=view

sábado, 18 de agosto de 2012


Coluna Panorama Político de Hoje (18-08-2012 - SÁBADO) do jornal O Globo (Blog de Ilimar Franco), no Painel do Paim



Governo rachado

          Os ministros do PT estão possessos com a postura da presidente Dilma. O motivo é a greve do funcionalismo. Como muitos têm militância sindical, gostariam que o Executivo adotasse uma posição mais flexível. Também estão incomodados com  a centralização das negociações nas mãos da ministra Miriam Belchior (Planejamento), a quem acusam de ser intransigente. 

O efeito Lula
Parlamentares com larga experiência eleitoral avaliam que é prematura qualquer avaliação das candidaturas do PT nas capitais. Argumentam que a força petista só será conhecida quando começar a campanha na TV e o presidente Lula aparecer no vídeo pedindo votos para os seus eleitos. Sustentam que não se deve subestimar seu carisma. Lembram que sua força já foi testada em 2010, quando ele garantiu maioria para o governo Dilma no Senado, derrotando vários ícones da oposição. Mais do que uma eventual candidatura presidencial em 2014, os ataques da oposição ao ex-presidente têm como objetivo minar sua influência nas eleições de outubro.
"Precisamos regulamentar como se dão as greves do setor público. Temos que enfrentar essa discussão

Brizola Neto
Ministro do Trabalho
Isolamento
A presidente Dilma quer distância de manifestações em suas viagens país afora. Pediu aos assessores blindagem total. Para isso, foi criada uma força-tarefa informal no Planalto. O general José Elito (Segurança Institucional) está indo aos locais dois dias antes de Dilma para se certificar da segurança e impedir qualquer aproximação.
Quem faz oposição?Ministros se divertem com o anúncio do PSDB de apoio a presidente Dilma. Um deles comentou: “Estamos sem oposição”. O outro emendou: “Como assim, sem oposição? E o Dudu?”, referindo-se ao governador Eduardo Campos.
Os tucanos e a presidente
O presidente do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE), explica os elogios à presidente Dilma, por causa do programa de concessões: “A presidente está executando o nosso programa. E ela veio do brizolismo, estatizante e nacionalista”.
Carteiraço
O candidato do PT a prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, tentou ser esperto mas se deu mal. Fez uma visita à presidente da Petrobras, Graça Foster, como deputado estadual, dia 6. Tirou fotos do encontro e publicou no seu site da campanha. Ao saber do ocorrido, Graça ficou uma fera. Mandou o jurídico da Petrobras avisar a Neves que ele teria 24 horas para tirar o material do ar.
Apoio de peso
Candidato à prefeitura do Rio, o deputado Otávio Leite (PSDB) acredita que vai deslanchar com a propaganda na TV. Ele vai exibir na telinha os apoios de Fernando Henrique, José Serra, Geraldo Alckmin e Aécio Neves. Agora vai.

Izabella Teixeira comemora
O Ibama recebeu título de Excelência Geoespacial para o Gerenciamento do Meio Ambiente concedido pela Geospatial Media and Communications. O prêmio se deve ao monitoramento ambiental da Amazônia.
A presidente Dilma vai reativar o “Conselhão”. Dia 30 no Salão Leste do Planalto. Ele foi rebatizado: “Conselho do Desenvolvimento Sustentável”.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Rica, extensa e vulnerável, Amazônia é preocupação número 1 do Exército (Postado por Lucas Pinheiro)

Com 11,2 mil quilômetros de fronteiras com sete países e área equivalente a 42% do território nacional, a Amazônia é a maior preocupação do Exército brasileiro. O medo, no entanto, não é de invasão estrangeira ou de guerra na área.

Para a alta cúpula militar, a maior ameaça está em organizações não governamentais (ONGs), que podem fomentar o separatismo, a venda ilegal de terras indígenas, a apropriação indevida de recursos da floresta por estrangeiros, além de impedir o desenvolvimento da região.

“Trabalhamos com riscos. Não necessariamente você precisa invadir a Amazônia para dominá-la. Há outras formas do Estado perder o controle. Consideramos que existem algumas ONGs dentro da Amazônia que são problemáticas; não temos o controle delas”, diz o general Walmir Almada Schneider Filho, do Estado-Maior do Exército.

“Se você precisa desenvolver a região e, de certa forma, alguém impede o seu acesso e a atuação de órgãos públicos nela, você está perdendo o controle. E há ainda a venda de grandes lotes de terras públicas a empresários de outros países. Já enfrentamos essas dificuldades”, exemplifica o general, que é responsável por monitorar situações que possam resultar em crises ou conflitos que atinjam o interesse nacional. Em 2008, cálculos da CPI das ONGs apontaram que mais de 350 grupos atuavam na região.

 Para o comandante das tropas na Amazônia, general Eduardo Villas-Boas, a ausência do Estado é a principal causa da região representar hoje a preocupação número 1 dos militares.

“Em pleno século 21, o país ainda tem quase metade do seu território não ocupado e não integrado à dinâmica nacional. Essa é uma tarefa histórica que temos ainda por terminar. A Amazônia abriga as respostas e soluções para os grandes problemas da humanidade: água potável, biodiversidade, recursos minerais. Ela não pode ser um grande vazio e nisso está a grande preocupação que temos em relação a ela”, afirma.

A Estratégia Nacional de Defesa (END), promulgada em 2008, colocou como ponto-chave para o país manter a soberania da floresta, relacionando o progresso com a manutenção do controle da Amazônia.

“O Brasil repudiará, pela prática de atos de desenvolvimento e de defesa, qualquer tentativa de tutela sobre as suas decisões a respeito de preservação, de desenvolvimento e de defesa da Amazônia. Não permitirá que organizações ou indivíduos sirvam de instrumentos para interesses estrangeiros - políticos ou econômicos - que queiram enfraquecer a soberania brasileira. Quem cuida da Amazônia brasileira, a serviço da humanidade e de si mesmo, é o Brasil”, diz o texto.

 Nos anos 90, vários políticos estrangeiros defenderam que a mata deveria ser “internacionalizada".  Em 1989, o então vice-presidente dos Estados Unidos, Al Gore, afirmou que, “ao contrário do que os brasileiros pensam, a Amazônia não é deles, mas de todos nós”.

A mesma linha foi adotada pelos ex-líderes François Mitterrand, da França, e Mikail Gorbachev, da União Soviética, que afirmaram que o Brasil deveria aceitar uma “soberania relativa”.

Efetivo para defesa
O Exército divide o Brasil em sete grandes áreas. Apesar da Amazônia ser a maior em território (7 milhões de quilômetros quadrados), possui, proporcionalmente, o menor efetivo. Em 1950, eram apenas mil soldados. Hoje, são 27 mil homens responsáveis pela vigilância de um quinto das reservas de água doce e um terço das florestas do planeta. A biodiversidade da área vale mais de US$ 34 trilhões (R$ 70 trilhões) e compõe o maior banco genético da Terra, segundo documentos do Exército.

A divisa amazônica ainda é bastante permeável: são 21 pelotões especiais de fronteira (PEF) para defender 11,2 mil quilômetros ao longo de sete países vizinhos. Um grupo, com apenas 35 homens, é responsável por 1.385 quilômetros de divisa seca na tríplice fronteira com o Suriname e a Guiana Francesa. Um projeto pretende elevar o efetivo na região para 48 mil soldados e construir mais 28 bases até 2030.

Os gastos para a ampliação são altos. A construção de cada PEF custa entre R$ 20 milhões e R$ 34 milhões para garantir o principal – uma pista de pouso e algumas habitações para os militares.

Segundo o general Villas-Boas, a construção de novas bases está prevista no Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), um projeto revolucionário que pretende transmitir, em tempo real, tudo o que ocorre nas fronteiras. Para isso, serão usados radares, sensores infravermelhos, raio-x, som e luz, além de câmeras em aviões não tripulados,

O Sisfron ainda está em fase inicial. Em 2012, foi aberto processo licitatório. Os primeiros testes devem começar até o final do ano em Mato Grosso do Sul.

 “Nós estamos onde o Estado não está. Onde erguemos um PEF, a população se aproxima, buscando energia, saúde, necessidades básicas”, diz o general Villas-Boas. “E essa capilaridade nos impõe responsabilidades”.

Nas bases afastadas, o Exército constrói um pavilhão que pode ser usado por outras organizações federais e estaduais que atuam com meio-ambiente, indígenas, saúde, policiamento. As construções, no entanto, ficam sempre abandonadas.

 A falta de infraestrutura básica para a população faz os militares serem procurados pela população para solucionar quase todos os problemas.

“Eu vim falar com uma ginecologista. Não tem médico que cuida disso na cidade e nunca tive essa oportunidade antes”, diz a aposentada Raimunda Nonato, de 52 anos, enquanto pegava uma senha, em maio, durante uma ação social realizada por médicos do Exército em uma escola de Cleverlândia do Norte, no Oiapoque, fronteira do Amapá com a Guiana Francesa.

“Meu filho está doente, vomita há dias, não consegue comer. Trouxe para darem uma olhada. Se eu fosse para o SUS, teria que esperar dias para a consulta”, afirma a doméstica Ocileni Santos da Silva, de 20 anos, que carregava no colo o filho Ruani, que não parava de chorar.

Ao visitar um Pelotão Especial de Fronteira, em maio, o vice-presidente, Michel Temer, admitiu que a Amazônia é uma “casa abandonada”. “As fronteiras ficaram sem a presença do Estado ao longo do tempo. Vamos fazer reuniões para ocupá-las não só com militares, mas por meio das pessoas que já estão vivendo aqui e trazendo o Estado, com sua infraestrutura. Temos que estar presentes”, afirmou.

Perigos nas fronteiras
Além do vazio de poder e da instabilidade em países vizinhos, questões indígenas, ambientais e tráfico de drogas e armas estão entre as maiores preocupações do Exército. Na fronteira do Amazonas com Colômbia e Venezuela, por exemplo, a atuação de pelo menos três células das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farcs) é monitorada, em uma região conhecida como Cabeça do Cachorro. Militares ouvidos pelo G1 apontam que esses grupos apresentam entre 13 e 22 combatentes, mas que não representam risco.

O último grande ataque das Farc ao Brasil ocorreu em fevereiro de 1991, quando 40 guerrilheiros invadiram um pelotão baseado às margens do Rio Traíra, no Amazonas, matando três brasileiros, deixando outros 29 feridos e roubando uma grande quantidade de fuzis, metralhadoras e munições. O então presidente Fernando Collor autorizou uma retaliação: na Operação Traíra, militares mataram 21 integrantes das Farc, capturaram outros e recuperam parte das armas. A ação virou lenda entre os soldados que atuam na Amazônia e, desde então, dizem eles, as Farc “não se aventuram mais por aqui”.

 “Não tem como impedir que guerrilheiros das Farc entrem no Brasil vestidos de civis. Eles passam desapercebidos pela fronteira, como pessoas normais, e chegam nas comunidades para comprar alimentos, coisas que precisam. Mas ataques nunca mais fizeram. Não querem briga conosco”, diz um oficial de alta patente, na condição de anonimato.

Garimpos ilegais
Ao norte da região, os garimpos ilegais são motivo de preocupação. “Mais de 30 mil garimpeiros estão do lado de lá da divisa com Suriname e Guiana. Do lado de cá, o número é menor. Estamos sempre monitorando e reprimindo”, explica o general Franklinberg Freitas, chefe de operações do Comando Militar da Amazônia. O Suriname é apontado como porta de saída da droga produzida na Colômbia para a Europa.

 A região de Tiriós, na tríplice fronteira com Guiana e Suriname, começou a ser ocupada em 1985, após o início de um movimento de guerrilheiros. Em 2003, foi instalado na área um PEF.

A Força 3, tropa especializada do Exército na Amazônia, descobriu em junho pistas de pouso clandestinas usadas por garimpeiros em terras indígenas no Pará e no Amapá. Os índios relatam que foram amaçados e obrigados a cavar. A Força Aérea bombardeou algumas bases ilegais, mas nem todas puderam ser destruídas.

“Temos feito grandes operações conjuntas para reprimir esses crimes. O Exército dá apoio a agências e todos os órgãos com logística, comunicações, inteligência. Estamos trabalhando em conjunto com o Ibama na fiscalização e apreensão de madeiras. Em áreas violentas, eles precisam de segurança para chegar lá”, afirma o general Villas-Boas.

Outro foco de atenção é o Parque Nacional de Tucumaque, uma unidade de conservação em área montanhosa e de difícil acesso, entre o Amapá e a Guiana Francesa, onde indígenas denunciaram a atuação de ONGs europeias, garimpos clandestinos e tráfico de animais em extinção.

 Faltam aeronaves e barcos
O comando militar da Amazônia foi criado em 1948, mas a busca por maior permeabilidade só começou a partir da década de 2000, quando duas brigadas – uma do Rio Grande do Sul e outra do Rio de Janeiro – foram transferidas, inteiras, para a selva.

Entre os novos pelotões especiais de fronteira que serão erguidos, três serão em Rondônia, cinco em Roraima (um deles na reserva Raposa Serra do Sol), quatro no Amapá, três no Acre, seis no Amazonas, dois no Amapá e três no Pará.

O objetivo é usar, na maioria deles, soldados indígenas que conheçam a região e saibam a língua e os costumes da população local.

As guerrilhas utilizam muito os rios da floresta para seus deslocamentos. Uma das tarefas dos novos pelotões, instalados próximos aos cursos, será o monitoramento de embarcações que podem ser utilizadas para o tráfico. Em 2006, a Polícia Federal apreendeu no Rio Negro um barco carregado de remédios e munições, que haviam sido desviados do Brasil e que tinham como destino as Farc. Em 2010, dois investigadores da PF morreram em um tiroteio com homens armados em barcos no Rio Solimões, quando investigavam o tráfico de drogas.

O G1 visitou quatro pelotões de fronteira em Roraima, Pará e Amapá e conversou com os militares sobre as dificuldades enfrentadas, como energia por apenas 9 horas diárias, embarcações antigas e desagastadas, racionamento de alimentos e doenças (veja reportagem sobre fronteiras).

Cada pelotão de fronteira tem entre 40 e 60 homens, comandados por um tenente. A ideia inicial é que, antes de criar novas bases, dois destacamentos isolados no Acre e outro na divisa do estado com o Amazonas, cada um deles com menos de 20 homens, sejam transformados em PEF.

A principal dificuldade é a falta de recursos para levar e manter tropas e equipamentos em regiões distantes. Todos os generais ouvidos pelo G1 afirmam que o problema da Amazônia não é a falta de pessoas, mas de meios. Nas bases não há aeronaves. Os equipamentos de comunicação apresentam falhas. As embarcações e as armas possuem mais de 40 anos.

 Os novos PEF que o Exército pretende construir servirão como pequenas “células de vigilância”, com a missão de monitorar e reagir imediatamente a qualquer ameaça. A intenção é que a distância entre cada base seja de, no máximo, 250 quilômetros.

“Não adianta ter só o soldado no PEF. Ele, sozinho, pode fazer sua parte, mas, sem a presença do Estado inteiro lá, não vai resolver o problema. Falta tudo para a população: educação, saneamento, saúde. Se não houver um esforço da sociedade para isso, nosso projeto não vai conseguir", diz o general Schneider.

"Os primeiros homens que desbravaram a Amazônia, como o militar português Pedro Teixeira, em 1600, tiveram uma dificuldade enorme para colonizá-la. Desde então as Forças Armadas se preocuparam com a defesa desse território e, até hoje, a quantidade de soldados é insignificante para cobrir a região. É necessário estarmos atentos em tempos de paz para termos condições efetivas de enfrentar qualquer perigo", defende o historiador militar e professor do Núcleo de Estudos Estratégicos da Unicamp, Roberto Cavanhari.